As Vantagens e Desvantagens da Iodoterapia: Entenda o Tratamento

A iodoterapia, também conhecida como terapia com iodo radioativo (I-131), é um tratamento amplamente utilizado para distúrbios da tireoide, especialmente o hipertireoidismo e o câncer de tireoide. Embora seja eficaz, esse procedimento apresenta pontos positivos e negativos que precisam ser considerados com atenção. Neste artigo, você vai conhecer as principais vantagens e desvantagens da iodoterapia, como ela funciona e quando é indicada.
O que é iodoterapia?
A iodoterapia é um tratamento feito com iodo radioativo, geralmente o iodo-131, que é administrado por via oral em cápsulas ou em forma líquida. Esse iodo é absorvido pela glândula tireoide, onde destrói as células doentes através da radiação, sem a necessidade de cirurgia.
O procedimento é seguro e amplamente utilizado no Brasil e no mundo, especialmente para pacientes com doença de Graves, bócio tóxico ou câncer diferenciado da tireoide, como carcinoma papilífero e folicular.
Vantagens da iodoterapia
Tratamento minimamente invasivo
A principal vantagem da iodoterapia é que ela dispensa a necessidade de cirurgia, sendo administrada por via oral. Isso evita cortes, internações longas e riscos relacionados à anestesia geral.
Alta eficácia em doenças da tireoide
A iodoterapia é extremamente eficaz na destruição de células tireoidianas, especialmente em casos de câncer e hipertireoidismo, levando muitos pacientes à remissão completa da doença com uma ou poucas doses.
Recuperação rápida
Em comparação com cirurgias, o paciente pode retornar à rotina em poucos dias, seguindo apenas recomendações de isolamento temporário devido à radioatividade do corpo.
Custo relativamente acessível
Para muitas instituições de saúde pública e privada, a iodoterapia tem um custo-benefício vantajoso em relação à cirurgia, pois envolve menos tempo de internação e menos recursos hospitalares.
Desvantagens da iodoterapia
Isolamento após o tratamento
Após ingerir o iodo radioativo, o paciente precisa ficar em isolamento por alguns dias, evitando contato próximo com outras pessoas, inclusive familiares, crianças e gestantes. Essa exigência pode causar desconforto emocional e logístico.
Efeitos colaterais
Alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais como:
- Boca seca e alteração no paladar
- Dor no pescoço ou na glândula salivar
- Náuseas e mal-estar temporário
- Redução da fertilidade (raro, mas pode acontecer em altas doses)
Possível hipotireoidismo
Após a destruição das células da tireoide, é comum que a glândula passe a produzir menos hormônios, levando ao hipotireoidismo, que exige reposição hormonal com levotiroxina pelo resto da vida.
Não é indicado para todas as pessoas
Gestantes, lactantes e pessoas com alergia ao iodo ou com determinadas condições clínicas não podem realizar esse tratamento. Além disso, pacientes com câncer de tireoide avançado podem precisar de outros tipos de terapia complementar.
Quando a iodoterapia é indicada?
A iodoterapia é indicada principalmente para:
- Câncer diferenciado da tireoide (como carcinoma papilífero ou folicular)
- Hipertireoidismo persistente
- Doença de Graves resistente a medicamentos
- Recidiva de câncer de tireoide após cirurgia
A indicação deve ser feita por um endocrinologista ou oncologista, com base em exames laboratoriais e de imagem.
Conclusão: vale a pena fazer iodoterapia?
A iodoterapia é uma alternativa eficaz, segura e pouco invasiva para tratar diversos distúrbios da tireoide. Suas vantagens incluem alta taxa de sucesso, recuperação rápida e baixo custo, enquanto as desvantagens envolvem efeitos colaterais temporários, isolamento e risco de hipotireoidismo.
A decisão pelo tratamento deve ser personalizada, considerando o quadro clínico do paciente, histórico de saúde e recomendação médica. Com o acompanhamento adequado, a iodoterapia pode ser um passo decisivo na cura ou controle da doença.
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