11 mentiras sobre o vinho que você ainda acha que é verdade
É bastante comum ouvir falar uma série de curiosidades sobre o vinho, mas nem tudo o que ouvimos é verdade
O vinho é uma das bebidas mais antigas da humanidade e está presente em reuniões entre familiares, amigos e até mesmo nos encontros românticos. Talvez por conta disso, as informações a respeito desta bebida são inúmeras. Mas, será que tudo o que ouvimos é mesmo verdade?
A Wine, loja que oferece vinhos online de diversas marcas e países, reuniu 11 das mentiras mais comuns contadas sobre o vinho para ajudar os apreciadores a entenderem mais sobre a bebida.
Rolha de cortiça é realmente melhor que o fecho screw cap¹?
Há uma teoria bastante forte de que a rolha de cortiça é melhor para o vinho, mas... isso não é bem verdade. Apesar de não proporcionar um lacre hermético, o screw cap é mais eficiente na hora de separar o ar do vinho e isso contribui para a preservação dos sabores e dos aromas do vinho, além, é claro, se ser uma opção de envase mais barato.
Na Austrália esse sistema de fechamento já é utilizado desde 1970 e mais de 80% dos vinhos produzidos na Nova Zelândia também possuem o screw cap.
E para quem gosta das safras mais jovens, esse é o melhor sistema de tampa!
A idade é o que mais importa (?)
Quem entende (ou acha que entende, melhor dizendo) de vinho, costuma dizer que “quanto mais velho, melhor”. Não é exatamente assim.
Diferentemente do que muita gente pensa, o grande vilão do vinho é, na verdade, o oxigênio que, em contato com o líquido, dá início a uma série de reações que causam oxidação.
Desta forma, o vinho precisa ser muito estruturado para aguentar, sem danos, mais de cinco anos engarrafado. Porém, a grande realidade é quem nem 30% dos vinhos disponíveis em supermercados conseguem aguentar todo esse tempo.
É simples: uva branca faz vinho branco e uva vermelha faz vinho tinto. Será?
A regra não precisa ser sempre esta, afinal, é possível, sim, fabricar vinho branco a partir de uvas vermelhas. Para isso, é preciso fermentá-las sem as cascas, que são a parte que dão cor ao vinho.
Os melhores exemplos deste tipo de vinho são os Espumantes e as Champagnes que são produzidos – em sua maioria – com uvas tintas.
Para ser doce, o vinho precisa de açúcar
Na verdade, não. É possível encontrar uma ampla quantidade de vinhos doces: botritizados, fortificados, de colheita tardia. O que todos eles têm em comum? Nenhum tem adição de açúcar.
É verdade! A doçura do vinho vem do açúcar residual da uva, ou seja, aquele açúcar que não foi transformado em álcool durante o processo de produção.
Agora, os vinhos suaves... esses, sim, levam açúcar e, por isso, ficam de fora da categoria de vinhos finos.
Apenas países frios são bons produtores de vinho
Não é verdade! Apesar da uva se adaptar bem ao clima frio, ela também precisa do Sol para amadurecer. Essa conta, então, faz a cabeça pensar direto nos países da Europa, não é mesmo?
Mas calma aí! O que pouca gente sabe é que o que realmente beneficia as plantações de uva é a amplitude térmica, ou seja, a variação de temperatura, com noites frias e dias quentes. Pensando assim, lugares com clima desértico são ótimos para a produção de vinhas.
A França é disparada o maior produtor de vinho
Na realidade, o país europeu é o mais tradicional berço do vinho, mas não é nem o país que mais produz, nem o que mais consome. A Itália é o maior produtor de vinhos no mundo e os EUA, os maiores consumidores.
Ácido e azedo... é tudo igual
Não! A acidez é muito importante para a estrutura do vinho, pois indica o frescor e a vivacidade do vinho. É muito comum encontrar vinhos brancos, com notas de limão, por exemplo.
O vinho rosé é uma mistura do tinto e o branco
Não, né? O vinho Rosé precisa passar pelos mesmos processos tradicionais, mas a pele da uva fica em contato com o mosto por menos tempo, deixando a coloração mais clara e rosa, ou seja, rosé!
Só os vinhos tintos têm tanino
A grande maioria dos taninos estão presentes nas cascas das uvas. Assim, como as uvas são fermentadas sem a casca, eles não apresentam aquela sensação que “amarra a boca”. Porém, os taninos também estão presentes nas sementes e até mesmo na polpa.
Ah, mas o Brasil só tem vinho de mesa
De novo, não é verdade. Muitos países – inclusive os principais produtores de vinho do mundo – contam com versões mais simples dos seus rótulos. Podem ser chamados de “vino de la tierra”, na Espanha; “landwein”, na Alemanha; “IGT”, na Itália; dentre tantas outras variações linguísticas.
Inclusive, é preciso destacar que muitas produções brasileiras são premiadas internacionalmente e possuem processos de produção altamente tecnológicos.
Vinho do Porto é feito no porto
Na verdade, o Vinho do Porto leva esse nome por ter sido o primeiro vinho português a ser exportado, assim, de todo jeito, a mercadoria precisava passar pelo porto para seguir com as embarcações.
Pois é! As maravilhas do universo que rodeia os vinhos e as vinícolas são tão grandes quanto a quantidade de notícias falsas que circulam por aí. Por isso, é importante se informar e entender cada vez mais sobre essa bebida que está presente há tanto tempo e em tantas situações da vida de muitas pessoas. A Wine possui um acervo completo de artigos que contam curiosidades muito interessantes sobre os vinhos, harmonizações e dicas de consumo consciente
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